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Mercado de trabalho - Startup - Economia
Startups: uma economia em aceleração
Uma startup representa um grupo de pessoas que trabalha em condição de extrema incerteza em busca de um modelo de negócios repetível e escalável. Então, as startups nascem sem a segurança de que seu projeto de empresa deve prosperar ou, até mesmo, se provar sustentável.
Além disso, uma startup busca crescer cada vez mais sem que isso influencie no modelo de negócios. Ou seja, o objetivo é crescer em receita com custos baixos, aumentando a receita e a margem de lucro.
Ainda acha que startup é brincadeira de criança? Pois nesse post nós queremos desmistificar esse modelo de negócios e provar que o empreendimento é muito rentável, apesar de jovem.
O mercado brasileiro de startup
O Brasil vem ganhando protagonismo no cenário das startups. Existem mais de 300.000 novas empresas criadas a cada ano no país e nós nos tornamos um celeiro de unicórnios (empresas avaliadas em mais de US$1 bilhão de dólares)!
Atualmente, somos a nação com maior número de unicórnios da América Latina. Além disso, em escala global somos o décimo país com maior número de startups avaliadas dessa forma.
Para quem ainda achava que startup era brincadeira de nerds adolescentes, a Forbes aponta que as startups brasileiras valem, juntas, US$40,08 bilhões!
O crescimento de startups teria acompanhado o aumento de investimentos em negócios considerados escaláveis, inovadores e tecnológicos. Em 2021, as startups brasileiras receberam um investimento 2,5 vezes maior do que o registrado em 2020 - valor recorde desde 2011. E, ainda que os investimentos tenham sido menores em 2022, o mercado continua em franco crescimento.
Os reflexos da pandemia no mercado
Mas nem tudo são flores. Mesmo com o mercado aquecido, é inegável que a pandemia de Covid-19 atingiu o setor.
Pesquisadores mostraram que 75% das startups foram impactadas negativamente no período de isolamento físico, enquanto apenas um quarto do total foram beneficiadas pelo contexto. Dentre as empresas com maior índice de crescimento estão aquelas que ofereceram inovação em serviços digitais, como a Monocard.
Na visão de Lucas Campos, especialista em tecnologia e co-founder da Monocard, isso aconteceu porque as pessoas tiveram seus hábitos modificados de forma repentina e precisaram se adaptar às necessidades do novo cenário que se impunha.
Mas surgiu uma luz no fim do túnel! Depois do choque inicial provocado pelas restrições do isolamento, os investimentos em capital de risco aumentaram 20% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para fechar a temática, não podemos deixar de falar que a pandemia destacou problemas que são estruturais desse ecossistema na mesma medida em que trouxe a oportunidade de correção para eles. Então, foi um momento importante para o debate de políticas estruturantes do setor que podem criar bases mais sólidas para o desenvolvimento.
Marcos regulatórios
Há uma lei no Brasil (nº. 182/2021), reconhecida como Marco Legal das Startups, que foi sancionada em junho de 2021. Ela foi elaborada com o objetivo de definir legalmente o que é uma startup, além de traçar princípios e garantias para as empresas e sociedades cooperativas do segmento, oportunizando caminhos mais sólidos e novos investimentos na área.
Os principais pontos do Marco Legal das Startups são:
1. A definição de startup. De acordo com a normativa, startups devem possuir faturamento bruto de até R$ 16 milhões, inscrição no CNPJ há menos de 10 anos e declarar o uso de formatos de negócios de cunho inovador para gerir serviços ou produtos em seu ato constitutivo ou alterador ou se enquadrar em regime especial Inova Simples;
2. A criação do Inova Simples, um regime especial que oferece tratamento diferenciado às empresas, como abertura e fechamento simplificado das empresas, regime tributário simplificado e registro de marca simplificado;
3. O surgimento de novo ambiente regulatório, já que a lei abre espaço para a discussões pertinentes ao campo em caráter experimental;
4. A aproximação com o setor público, uma vez que a lei estimula a contratação de serviços e produtos desse gênero por agentes governamentais;
5. A alteração da relação entre investidor e empresa, considerando que os investidores-anjo das startups tornam-se isentos de obrigações trabalhistas ou tributárias da empresa.
Previsões para o futuro da economia de startups
Como vimos, as startups são caracterizadas por sua agilidade, adaptabilidade, inovação e rápido crescimento. Esses fatores as colocam no epicentro da retomada para o crescimento econômico no cenário pós-pandêmico. Isso porque o investimento em startups pode provocar um efeito em cadeia na geração de novos empregos e impactos positivos no desenvolvimento econômico do país.
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Marina Darcie
Analista de Marketing Pleno, doutora em Comunicação, louca por gatos, comida e filmes com temática natalina.
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